quarta-feira, janeiro 23, 2008

Adiafa

Tal como as marés, um dos ciclos da natureza, as Adiafas também aconteciam ciclicamente, pois assinalavam com uma festa, o fim de cada trabalho sazonal: a monda, a ceifa, a apanha da azeitona, a vindima, a tiragem da cortiça, etc.
Alheias à renovação dos seus comensais, as Adiafas persistiram nos tempos até aos nossos dias, trazendo até nós o grande protagonista destas festas de cariz profundamente popular, o Cante Alentejano.
O Cante Alentejano e as suas formas de evolução, são a preocupação e o mote do trabalho do grupo Adiafa. Muitos foram os que participaram nos alicerces em que assenta este grupo e mais colaboradores virão a seguir, dando assim o seu contributo para a evolução da nossa música e em simultâneo fazendo com que, o principal protagonista, o Cante Alentejano ao evoluir «Viva para Sempre na Alma Alentejana».



VAGAR
Numa época de cabeças no ar, que é a que vivemos hoje em dia, é difícil, muito difícil, interiorizarmos um conceito tão amplo e tão abstracto como o «Vagar». O nosso propósito, ao darmos o título de «Vagar» a este nosso trabalho, é o de darmos uma ajuda, no sentido de que o «Vagar» seja um Bem consumido, (já que estamos na era do consumismo) por todos.O «Vagar» é para nós um Bem mais precioso que o ouro... (só para referenciarmos um valor há muito enraizado na humanidade).
Sem Vagar não poderiam haver Adiafas, tanto no conceito lato, como no do nosso próprio grupo. A palavra ADIAFA pressupõe festa...e sem «Vagar» não há festa. Sem «Vagar» os nossos sentidos não conseguem desempenhar com rigor as suas funções, ficamos pois diminuídos.
Só com «Vagar» se consegue degustar um delicioso prato ou um vinho de primeira.Só com «Vagar» se pode apreciar uma boa musica...Só com «Vagar» se pode apreciar uma bela pintura...Só com «Vagar» nos podemos sentar numa sala e vibrar com uma peça de teatro.
Em suma, só com «Vagar» poderemos chegar á nossa plenitude!
É preciso cantar o «Vagar». Vamos todos cantar o «Vagar»!








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